O ato da quarta-feira trouxe mais um momento emocionante da luta. Após marcar presença em frente à Prefeitura, a categoria caminhou até a Câmara de Vereadores de São José para acompanhar a sessão onde tramitam projetos de lei referentes às conquistas da greve de 2015.
Ao chegar na Câmara, boa parte do plenário já se encontrava ocupado por servidores comissionados, com o objetivo de impedir a pressão da categoria em luta. As servidoras e servidores não se intimidaram e lotaram cada espaço remanescente, criando um forte clima de pressão com a presença das faixas. Dezenas ainda ficaram do lado de fora, aplaudindo e vaiando pelas janelas.
Na sessão, é visto que a Prefeitura propusera um veto parcial no projeto de lei referente às 30 horas de servidores da assistência social, uma das pautas da categoria.
Após duras críticas feitas à prefeita pela falta de diálogo e valorização do funcionalismo, a bancada de oposição propõe uma saída coletiva da sessão que impediu o quórum na votação, deixando os líderes de governo falando sozinhos e sem opção, a não ser cancelar a sessão sem votação. A categoria, que ainda vinha tímida nos atos, empolgou vários cantos: “Servidor na rua, Adeliana a culpa é sua!”
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Hoje, a categoria se reuniu para nova assembleia geral esperando uma proposta melhor que a provocação oferecida anteriormente por Adeliana. A oferta de apenas 6% de reposição, parcelados entre maio e outubro, serviu apenas para incluir novas unidades na greve. Ao menos 5 novos locais de trabalho se apresentaram, aderindo à mobilização por conta da proposta ultrajante.
O novo ofício enviado pela Prefeitura não tinha nada de novo: repetiu a oferta de reposição bem abaixo do INPC, alegando a falta de repasses de verba. No entanto, Adeliana não deu nenhuma palavra sobre a situação da Palhoça, onde houve reposição completa da inflação. Dá pra acreditar que o município tá quebrado? Mesmo com o número crescente de comissionados?
A proposta trazida pelo Comando de Greve foi aceita de forma unânime pela assembleia: manter a greve e acampar em frente à Prefeitura até que as demandas sejam atendidas! A categoria se dirigiu em peso ao local após a assembeia. Nesse momento, às 23h, há algumas barracas e dezenas de pessoas em frente à Prefeitura. É cerco fechado na Adeliana!
Só depende da prefeita evitar que o aniversário da cidade seja manchado dessa forma. Será que o presente para a cidade é deixar professoras, assistentes sociais, enfermeiras e guardas municipais dormindo no chão duro e no relento?